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segunda-feira, 26 de abril de 2021

Sete Palavras



1 - Como uma de suas maiores manifestações na cruz, encontramos um Jesus inteiramente preocupado em redimir a todos.
Neste caso, percebemos sua preocupação por aqueles que, além de estarem crucificando-o, ainda fazem pouco caso dele, e repartem entre si as suas vestes.
Entre os que o crucificavam, estavam soldados romanos, além de grande multidão, que além de tudo o acusava de sedição, etc... Clamando pela sua crucificação.

"Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes." (Lc 23:34)

Importante observar o fato de que, Jesus não dizia tão somente, façam o que eu digo, senão, que façam, especialmente o que eu faço:

"Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;
para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos." (Mt 5:44,45)

2 - Na crucificação vemos o fato de que colocaram a Jesus entre dois ladrões. Conta-nos a história que, o ladrão que estava à sua direita reconheceu a sua inocência, clamando a Ele que não esquecesse dele, quando Jesus entrasse em seu Reino, e por isso, essa frase toma tanto significado.

"Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso." (Lc 23:43)

3 - É verdade, que amigos se conta nos dedos, e com Jesus, não foi diferente. À sua volta estava uma grande multidão, porém, amigos mesmo, eram muito poucos.
Assim, que quando Jesus contempla seus amigos, aqueles que o seguiram até o Calvário, Jesus profere estas palavras:

"Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí teu filho.
Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a tomou para casa." (Jo 19:26,27)

Não se pode afirmar com total segurança de que tenha sido dito isso, referindo-se especialmente a um ou a outro. Embora, tudo nos leve a crer, que tenha sido a João, que Jesus entrega aos cuidados de Maria, e a mesma a esse mesmo João.
A preocupação com as pessoas, cada uma em sua casa, e do seu modo, sabendo, que Ele estava para partir, mas, os demais aqui permaneceriam.

Conceituações teológicas à parte, prefiro imaginar, um homem, que sabendo que sua hora se aproximava, procurava aproximar cada vez mais, aqueles por quem Ele nutria muito amor.

4 - E o momento do homem, que em sua fraqueza, também grita, também chora, e também sente as dores que lhe são impostas.
Quase impossível imaginar a situação, porque estamos acostumados a Jesus, como o Deus Filho, e portanto, superior às agruras do mundo.
Aqui vemos o homem. Aqui vemos, que Ele teve que se submeter a sentir o mesmo que qualquer outro homem sentiria, incluindo aí, as dores, a forme, a sede, a angústia, o abandono... A agonia de não encontrar algo que lhe pudesse tirar de sobre seus ombros tudo aquilo, naquele instante.
Por isso gritou:

"Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mt 27:46)

"À hora nona, clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mc 15:34)

Certo no entanto, que isto também foi o cumprimento do que ficou dito no livro de salmos:

"Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe de minha salvação as palavras de meu bramido?" (Sl 22:1)

E mais certo ainda, o fato de que, Jesus teria que cumprir a sua trajetória por esta terra, desprovido de seu poder divino, ou mesmo do valimento que Ele poderia ter em sua Glória, ou em seu Reino de Glória. Isto se fazia necessário para a realização da obra de salvação, amplamente descrita.

5 - E mais dezenas de vezes, vemos Jesus em sua natureza humana, sentindo fome, sede, etc...
Nunca, em momento algum o vimos reclamar, apenas manifestando o que seria evidente a quem tivesse a sensibilidade de percepção.
Neste caso, ele faz, uma espécie de pedido, praticamente apenas para que se cumprissem as escrituras em torno do seu nome:

"Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede!" (Jo 19:28")

Assim fica também evidente, o porque de Ele se compadecer de cada uma destas pequenas ovelhas, que somos nós, pelo fato de conhecer a cada uma de nossas dores.
Por isso, podemos ter a confiança e a certeza de podermos buscá-lo a todo instante:

"Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão.
Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.
Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna." (Hb 4:14-16)

Ele conhece todas as nossas dores, e por consequência, entende a todas as nossas fraquezas.

6 - Quando passamos a conhecer a Palavra, na medida que a lemos e nela meditamos, percebemos o quanto foi importante, a fim de que hoje pudéssemos nela depositar a nossa confiança; de que tudo se cumprisse fielmente.

"Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito." (Jo 19:30)

Existindo o cumprimento de toda a Sagrada Palavra, é assim, que o homem, tal qual o somos, pode vir a ter a certeza da eficácia da salvação, obtida através da entrega de Jesus e de sua crucificação.

7 - E claro, tudo o que está neste plano terreno, um dia chega ao fim.
Dessa forma, entendemos quando Jesus abandona-se aos cuidados do Pai Eterno e Todo Poderoso, expirando, na certeza de que seu espírito está em boas mãos:

"Nas tuas mãos, entrego o meu espírito; tu me remiste, Senhor, Deus da verdade." (Sl 31:5)

Ou melhor, podemos entender aqui, que Ele se entrega, -mostrando-nos como devemos igualmente proceder-, nas únicas e melhores mãos possíveis. E a segurança e a alegria é tanta, que Ele faz questão de clamar em alta voz, ao fim e ao cabo:

"Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou." (Lc 23:46)

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"Deus amou tanto este mundo, o mundo não correspondeu
Então Deus mandou os profetas, mas ninguém obedeceu
Deus mandou o seu próprio filho, mas ninguém não conheceu
Quando ele peregrinou teve porta que fechou na hora que ele bateu
Para salvar a humanidade, o nosso Senhor nasceu
Trinta e três anos de idade, neste mundo ele viveu
Deus de infinita bondade, do mundo compadeceu
Ele deu a própria vida pra juntar ovelha querida que do rebanho se perdeu
Na hora da santa ceia, beijou os pés dos discípulos seu
Em seguida ele falou, vocês façam como eu
Vou pra casa de meu pai, pra onde a gente desceu
Um de vós vai me trair até Pedro vai fingir que nunca me conheceu
Levantou os olhos pro céu, pegou o pão e benzeu
Este pão é o meu corpo, cada discípulo comeu
Este vinho é o meu sangue, cada discípulo bebeu
Judas atirou no chão aquele pedaço de pão, saiu da mesa e correu
Trinta moedas de prata, foi o quanto recebeu
No Horto das Oliveiras, levou soldados e prendeu
Jesus preso e amarrado, calado permaneceu
Depois de tanto maltrato já gritaram a Pilatos crucifique o galileu
Na hora da sua morte, a terra empalideceu
Trovejou de sul a norte, Judéia toda tremeu
O véu do templo rasgou, Pilatos se arrependeu
Uns sorriam outros choravam Jesus disse essas palavras e na cruz ele morreu
Pai perdoa, eles não sabem o que estão fazendo
Pai em tuas mãos entrego o meu espírito
Tudo está consumado, tudo está consumado"

(composição de: Luizinho Rosa - interpretação: Pedro Bento e Zé da Estrada)

(ap. Ely Silmar Vidal - Teólogo: COJAE 0001-12-PF-BR; Psicanalista: CONIPSI CIP: 0001-12-PF-BR; Jornalista: DRT-0009597/PR e presidente do CIEP - Clube de Imprensa Estado do Paraná)

Contato:
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Mensagem 11042021 - Sete Palavras - (Texto base da música de Luizinho Rosa - imagens da internet)

Aproveito para deixar claro que os trabalhos que tenho desenvolvido, são de pura e simplesmente divulgação do que acho interessante para conhecimento geral, e não busco ganho algum com isto, senão o de transmitir conhecimento.

Que o Espírito Santo do Senhor nos oriente a todos para que possamos iluminar um pouquinho mais o caminho de nossos irmãos, por isso contamos contigo.

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